terça-feira, 11 de setembro de 2012


CORVAS  CONFUSAS
 
 

A atriz Marília Ribeiro estreia como autora do texto As Corvas, novo espetáculo da Cia. Novo Ato. Ela atua e dirige a montagem que tem o patrocínio da Lei Goyazes de Incentivo à Cultura. Marília Ribeiro e seu companheiro  Luiz Cláudio são profissionais dedicados e batalhadores. Em outros tempos fizeram trabalhos muito superiores As Corvas.

Marília Ribeiro  misturou diferentes gêneros para criar a dramaturgia de  As Corvas: comédia, drama, tragédia, mitologia, realidade, ficção. O resultado não poderia ser mais confuso. Chega a ser surreal. Bem que a gente tenta entender. Mas acaba saindo do teatro sem saber o que viu no palco.    

As Corvas narra a história da menina Diana. Ela é filha de Osvaldo Fernando e de Dona Rosa. Muito mimada pelo pai, ela começa a ter perturbações psíquicas e corporais. Todos os seus desejos são imediatamente atendidos e vivenciados pelo pai, que embarca completamente no seu jogo. Essas ações imagéticas se passam no quarto, que também se transforma em vários ambientes.  Para curá-la, D. Rosa convoca a Arena Progressiva, uma organização que não se sabe bem se é um prostíbulo ou uma entidade religiosa, comandada por Pomba e suas súditas: as  Corvas, seres que não se sabe de fato o que e de onde vieram.

As Corvas possuem uma marca no rosto, que é fruto de um ritual de iniciação para adesão na Arena. Elas  nunca dormem para não sonhar. Segundo a autora, sua intenção é discutir questões que envolvem a vida, a morte,a beleza, a feiúra, a realidade e repressão. Nem a trilha sonora, que mescla ópera, música clássica e até samba, consegue fazer o espectador entender o texto.  
 
Foto: Gilson P. Borges   

 

 

  

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