CORVAS
CONFUSAS
A atriz Marília Ribeiro estreia
como autora do texto As Corvas, novo espetáculo da Cia. Novo Ato. Ela atua e
dirige a montagem que tem o patrocínio da Lei Goyazes de Incentivo à Cultura.
Marília Ribeiro e seu companheiro Luiz
Cláudio são profissionais dedicados e batalhadores. Em outros tempos fizeram
trabalhos muito superiores As Corvas.
Marília Ribeiro misturou diferentes gêneros para criar a
dramaturgia de As Corvas: comédia,
drama, tragédia, mitologia, realidade, ficção. O resultado não poderia ser mais
confuso. Chega a ser surreal. Bem que a gente tenta entender. Mas acaba saindo
do teatro sem saber o que viu no palco.
As Corvas narra a história
da menina Diana. Ela é filha de Osvaldo Fernando e de Dona Rosa. Muito mimada
pelo pai, ela começa a ter perturbações psíquicas e corporais. Todos os seus
desejos são imediatamente atendidos e vivenciados pelo pai, que embarca
completamente no seu jogo. Essas ações imagéticas se passam no quarto, que
também se transforma em vários ambientes. Para curá-la, D. Rosa convoca a Arena
Progressiva, uma organização que não se sabe bem se é um prostíbulo ou uma
entidade religiosa, comandada por Pomba e suas súditas: as Corvas, seres que não se sabe de fato o que e
de onde vieram.
As Corvas possuem uma marca
no rosto, que é fruto de um ritual de iniciação para adesão na Arena. Elas nunca dormem para não sonhar. Segundo a
autora, sua intenção é discutir questões que envolvem a vida, a morte,a beleza,
a feiúra, a realidade e repressão. Nem a trilha sonora, que mescla ópera, música
clássica e até samba, consegue fazer o espectador entender o texto.
Foto: Gilson P. Borges
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