A estreia do espetáculo Os Três Mosqueteiros, no Teatro Madre Esperança Garrido, me surpreendeu. A caprichada produção da Cia. Henrique Camargo tem cenas originais e interessantes, especialmente as que envolvem as lutas dos mosqueteiros Athos, Porthos e Aramis, vividos pelos atores Tiago Benetti, Marcelo Marques e Toni Gidrão, respectivamente, e o aspirante D`Artagnan, interpretado por Bruno Vargas. Os quatro personagens principais do clássico de Alexandre Dumas se sobressaem entre o restante do elenco, marcado por desempenhos fracos, amadorísticos, afetados demais,
Desenhado pela professora Miriam Manso, os figurinos são muito bonitos, coloridos e adequados à história de capa e espada, escrita no século 19. O cenário reconstitui o ambiente de uma taberna, onde os mosqueteiros se reúnem, o salão do palácio do Rei Luís XIII e da rainha Ana D`Áustria e ruas de Paris. Os efeitos visuais e de iluminação dão a exata dimensão da trama, que se passa na Idade Média, adaptada em linguagem moderna para facilitar a compreensão do texto por crianças e adultos.
Bailarino clássico e professor de dança, o diretor Henrique Camargo investe nas coreografias com elementos de street dance, contribuindo para a agilidade das cenas e a movimentação do elenco em cena. Clássicos da música compõem a trilha sonora responsável pelo clima de produção cinematográfica.
Com alguns ajustes, sobretudo no quesito interpretação, Os Três Mosqueteiros da Cia. Henrique Camargo está pronto para pegar a estrada, como planeja o grupo, que a cada nova montagem ganha mais experiência na produção de espetáculos dirigidos a todo tipo de público.
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