quarta-feira, 26 de agosto de 2009

TEATRO MADRE ESPERANÇA GARRIDO


Goiânia tem agora um novo teatro para atender a classe teatral: o Teatro Madre Esperança Garrido, do Colégio Santo Agostinho, na Avenida Contorno, Centro.


Construído dentro dos mais modernos padrões das salas de espetáculos, o novo teatro tem 785 lugares, plateias inferior e superior, poltronas para portadores de necessidades e obesos, rampas e elevador para acessibilidade. O estacionamentocomporta 70 veículos. Há camarins masculino e feminino e foyer (bomboniere, bilheteria, banheiros). O palco com 10m x 15m tem as dimensões exatas para receber grandes produções. O espaço só perde em tamanho para oTeatro Rio Vermelho, no Centro de Convenções.

Cabine de som, tela de projeção com controle remoto, ponto para internet e os refletores são de última geração. Segundo o diretor Eduardo de Souza, a acústica é perfeita. O piso é forrado com vinílico antiderrapante e as saídas funcionais. Na obra, a Congregação Missionária de Assistência em Educação gastou R$ 4 milhões.


Uma das vantagens do Teatro Madre Esperança Garrido é estar localizado numa região de fácil acesso, bem servida de transporte público e ponto de táxi na porta. O projeto das arquitetas Flávia Almeida e Rosane Naves inclui de dois apartamentos no piso superior do teatro para hospedar grupos de atores e técnicos queiram permanecer no local. O aluguel do teatro é R$ 3 mil.

Há muito tempo artistas, produtores e fazedores de cultura da cidade esperavam por um espaço como este. Parabéns Colégio Santo Agostinho!
Crédito: Diomício Gomes - O Popular

SESI BONECOS DO BRASIL 2009




Criado há seis anos, o projeto Sesi Bonecos do Brasil esteve pela segunda vez em Goiânia, trazendo na bagagem dezenas de atrações de alto nível para públicos de todas as idades. A alegria tomou conta da Praça Cívica com desfile dos enormes bonecos de Olinda, acompanhado de banda tradicional entoando marchinhas de carnaval. Foi muito animada e divertida a festa dos bonecos.


Cerca de 20 mil pessoas, segundo cálculos da produção, prestigiaramos dois dias de apresentações de grupos consagrados de Pernambuco, São Paulo, Minas, Rio Grande do Sul. A convidada especial de Goiânia foi a Cia. de Teatro Nu Escuro.


A exposição dos bonecos do grupo Giramundo, de Belo Horizonte, foi um dos pontos altos da programação. O elenco original de vários espetáculos premiados comoDom Quixote, Os Orixás, Pinocchio e As Pastorinhas ficaram expostos em uma tenda construída para eles, com cenário, figurino e adereços. A plasticidade dos bonecos é impressionante. A Cia. Gente Falante (RS) ganhou palco exclusivo para a exibição do seu Circo Minimal, um divertido espetáculo de 4 minutos de duração para sete pessoas de cada vez.


Os bonecos gigantes podiam ser manuseados à vontade pela garotada. A Barraca dos Mestres Mamulengueiros atraiu centenas de pessoas. Ao som de músicas típicas, puxadas por uma banda pernambucana, eles mostraram ao vivo como são confeccionados os bonecos, que encantam e divertem há várias gerações.
Idealizado por Lina Vieira e realizado pelo Sesi, o Sesi Bonecos do Brasil é um dos mais importantes projetos do teatro brasileiro. Diversificado e democrático, ele leva alegria e entretenimento gratuito a milhares de pessoas de todas as classes sociais em todas as regiões. Além disso, oferece trabalho para centenas de artistas e fomenta a arte bonequeira em todo o País.


Crédito: Divulgação Sesi Bonecos - Caixa Elefante e Mestre Zé da Vina

domingo, 23 de agosto de 2009

1º Festival do Boneco



A realização do 1º Festival do Boneco surpreendeu. Assisti seis espetáculos dos 14 que constavam do programa. Pude constatar o bom nível da programação organizada pela Ação Produtora de Eventos e Cia. de Teatro Nu Escuro. Os grupos vieram do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Ceará, São Paulo e Distrito Federal e Goiânia trazendo na bagagem bonecos de todos os tipos e tamanhos. E a novidade conquistou a adesão do público. Pelos cálculos da produção, mais de 5 mil pessoas assistiram as apresentações nos teatros e nos parques ao ar livre.

Uma das mais tradicionais do País, a premiada Cia.Truks inaugurou o evento no Teatro Goiânia, no dia 14, com o poético Big Bang, que tem dramaturgia, concepção geral e texto de Henrique Sitchin. O reinado espetáculo enfoca de uma maneira muito lúdica a criação do universo e a evolução do homem ao longo dos tempos. Seis atores manipulam os bonecos na mesa com uma habilidade impressionante.

Augusto Bonequeiro & Boneco Fuleiragem foi o convidado do Ceará. Fuleiragem é um ventríloquo esperto, bem articulado, que tem uma língua afiada. Fala muito palavrão por isso prefere que não tenha criança na plateia. Na interação com o público, o boneco é imbatível. O Grupo Gestus SC) desembarcou na cidade trazendo o espetáculo O Catavento (El Molinete), espetáculo do argentino Carlos Martinez que narra a história de Zoquete, um bonequinho feito de luvas e pequenos adereços.

Paulo Nazareno, da Cia. Nazareno de Bonecos RS), trouxe um boneco gaúcho, descendente de italianos, para interagir com o público. O boneco conta casos, brinca, faz graça. Mas, o ponto alto de sua produção é o grupo de capoeira angola, perfeitos na confecção e na sintonia . Pelo universo do espetáculo Sob a Luz da Lua, da Cia. Gente Falante, do gaúcho Paulo Martins Fontes, circulam criaturas fantásticas num mundo de encanto e magia.


Aguardado com expectativa até pelos integrantes dos outros grupos, o argentino Sérgio Mercúrio deu um show com seus simpáticos bonecos no encerramento do festival no dia 21. Eles são acostumados a viajar pelo mundo na mala do seu dono com o espetáculo En Camino. Hábil na manipulação e no envolvimento com a plateia, Sérgio Mercúrio é improvisador nato.

Os grupos de Goiânia Cia. Nu Escuro, Trupe da Guadalupe, Cia. Bokemboka, Grupo Arte & Fogo e Reinação mostraram no 1º Festival do Boneco que não estão de brincadeira no mercado. Investem no gênero com competência e muito profissionalismo. Exceto pelos atrasos dos espetáculos e o tumulto na entrada da sala de exibição, o festival teve um saldo positivo conquistando todos os tipos de públicos. Tem todos os ingredientes (oficinas, debates, intercâmbio, ponto de encontro) para tornar-se uma referência no meio teatral. Já estamos esperando a segunda edição.



domingo, 9 de agosto de 2009

SORRINDO AGOSTO COM JUQUINHA

Juquinha está muito à vontade no palco em Sorrindo Agosto com Juquinha, seu novo espetáculo em cartaz no Centro Municipal de Cultura Goiânia Ouro, todas às quintas-feiras de agosto.

Diferentemente do que propõe o espetáculo, Juquinha falou pouco da crise na estreia. Se ateve mais às piadas e às brincadeiras com a plateia formada por dezenas de amigos. Bom humorista, imitador talentoso, ele tem o mérito de envolver a todos como se realmente estivesse na sala de sua casa. Sua intenção é fazer o espetáculo de acordo com o público a cada semana.

Sorrindo Agosto com Juquinha não difere das produções anteriores do artista. Mas derrapa no texto, adaptado da obra de Dorizan Ribeiro. Mais maduro, mais experiente, pronto para alçar voos mais ousados, Juquinha precisa investir mais na produção. Se a proposta é o humor, é necessário o artista rever aquele texto pesado sobre o tempo que encerra a produção. Aquela narrativa pesada quebra abruptamente todo o ritmo do espetáculo, cujo objetivo é fazer rir e não chorar.

Crédito da foto: Julian Stella