terça-feira, 31 de janeiro de 2012

FOTOS CONTAM A HISTÓRIA DO TEATRO EM GOIÁS

Débora di Sá em Circo dos Amores Impossíveis



Organizado pelo fotógrafo Gilson P. Borges, acervo registra a história do teatro em Goiânia



Por amor ao teatro, o professor, biblioteconomista, funcionário da Universidade Federal de Goiás e fotógrafo, Gilson P. Borges está fazendo o registro fotográfico de todos os espetáculos de grupos goianos. O material, segundo ele, vai compor o acervo da Biblioteca de Arte Cênicas “Carmelinda Guimarães”. “O material será acessível a todos”, afirma Gilson, que realiza o trabalho por sua conta e banca todos os custos.

Até o momento, 65 grupos de teatro de Goiás foram clicados pelas lentes do fotógrafo. Pelos seus cálculos, cerca de 50 grupos atuam em Goiânia. Muitos deles ainda não foram fotografados. Gilson pretende também reunir material fotográfico de grupos que fizeram parte da história do teatro goianos e já não existem mais.

Segundo Gilson P. Borges, os grupos de teatro estão cada vez mais empenhados na produção de seus espetáculos, aprofundando a pesquisa para realizá-los, registrando suas apresentações. “A carência de material especializado para pesquisa já foi, de certa maneira, suprida, com a criação da Biblioteca de Artes Cênicas, com sede no CEP Basileu França”, afirma. Para ele, o maior problema, atualmente, é a falta de locais para apresentação dos grupos, pois alguns estão fechados, como o Teatro Goiânia e outros estão em situação precária. “Goiânia possui grandes teatros, com alugueis caros, que inviabilizam a apresentação de espetáculos da maioria dos grupos goianos”, observa.


Romeu e Julieta, de Samuel Baldani

Gilson P. Borges sugere que a Secretaria Municipal de Cultura poderia empregar o dinheiro gasto com os alugueis dos prédios da Casa das Artes e do Centro Municipal de Cultura Goiânia Ouro na construção de um Centro Cultural próprio para apresentação de espetáculos de forma mais eficiente e democrática.

Fábio Mafra e Deusimar Gonzaga na peça Ser Tão Grande clicados por Gilson P. Borges 

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

BIBLIOTECA DE ARTES CÊNICAS "CARMELINDA GUIMARÃES"



Fundada em 27 de agosto de 2008, a Biblioteca de Artes Cênicas “Carmelinda Guimarães” está instalada em novo endereço. Desde o final de 2011, o acervo foi transferido para o Centro de Educação Profissional Basileu França, no Setor Universitário.

Durante três anos, a Biblioteca funcionou no Centro Cultural Casa da Artes, mantido pela Secretaria Municipal de Cultura. Mas, com a venda do prédio, a SeCult não se empenhou em encontrar um local para abrigar o acervo composto livros, DVDs, CDs, CD-ROMs, trabalhos acadêmicos e revistas, nas áreas de Teatro, Dança, Circo e Ópera, doados pela comunidade, entidades e instituições interessadas na formação dos profissionais das artes cênicas.

Local mais adequado para a Biblioteca, que leva o nome da professora Carmelinda Guimarães, da Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal de Goiás, não há. O Centro de Educação Profissional em Artes Basileu França, mantido pelo Estado, oferece cursos profissionalizantes de Teatro, Dança, Circo, Música e Artes Plásticas. Além de estar disponível ao público em geral, o acervo vai beneficiar os alunos da instituição de ensino profissionalizante.

Iniciativa

A Biblioteca de Artes Cênicas “Carmelinda Guimarães” foi aberta graças ao empenho do então diretor da Casa das Artes, o ator João Bosco Amaral e o biblioteconomista Gilson P. Borges, que a administra e busca doações. Todas as estantes foram adquiridas com a venda de livros de áreas diversas, que não incluíam as Artes Cênicas, em sebos de Goiânia. Gilson Borges lembra que não havia nem mesmo material de escritório para processamento dos livros (etiquetas, papel contato, etc.) disponível. Os carimbos foram encomendados e pagos por ele do próprio bolso.

Para que a iniciativa não morresse com o fim da Casa das Artes, Gilson P. Borges saiu em busca de um local apropridado para instalar o acervo, que não para de crescer. “Por meio de uma aluna do Basileu França fiquei sabendo da vontade da escola em ter uma biblioteca de Artes Cênicas. Fiz contato com o prof. Eurim e ele me apresentou a diretora do CEP Sônia Araújo. Os dois adoraram a proposta, pois o CEP já dispunha de infraestrutura e bibliotecária, mas não possuía acervo”, conta Gilson Borges.

Sônia Araújo solicitou a formalização da proposta de doação por escrito, a fim de que ela a apresentasse aos outros membros da diretoria do CEP. Gilson explicou que a proposta de doação da Biblioteca ao CEP estava condicionada a dois itens: deveria continuar a atender a comunidade de modo geral e o nome da professora Carmelinda Guimarães deveria ser mantido. Aceitas as condições, o acervo foi transferido e ampliado. Além de Teatro, Dança, Circo e Ópera, foram incluídos também Música e Artes Plásticas. Todo o acervo é formado por doações.

O ator Celso Frateschi, ex-diretor da Funarte, O grupo Galpão, de Belo Horizonte, o crítico de cinema e editor da coleção Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, Anderson Costa, da revista Luz & Cena, entidades, atores e jornalistas já doaram material para a biblioteca. As doações podem ser feitas na própria Biblioteca, ou para Gilson Borges (9983-1868 - gilson_borges@hotmail.com).



Biblioteca Carmelinda Guimarães/CEPABF

Centro de Educação Profissional em Artes Basileu França

Av. Universitária, nº 1.750, St. Universitário

CEP 74.605-010 Goiânia – GO

Tel.: (62) 3201-4045/4046

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

DOUTOR EM SABEDORIA E TEATRO

Biografia de Hugo Rodas registra importantes momentos de sua vida


Ator, diretor, professor, ex-bailarino. Hugo Rodas é acima de tudo um criador. Inquieto, minuncioso, atento às inovações. Sua extensa biografia está registrada no livro Todos os Teatros de Hugo Rodas, uma esmerada publicação da Editora ARP, de Brasília, organizada por Marcus Mota.

Abrangente, a obra apresenta depoimentos, extratos de entrevistas, álbum de família e registros dos trabalhos realizados por Hugo Rodas como ator, diretor e professor na Universidade de Brasília, de cursos e oficinas realizadas em todo o País.

Autor do texto de apresentação da obra em edição bilíngüe (português/inglês), o secretário de Cultura do Governo do Distrito Federal, Hamilton Pereira (Pedro Tierra) escreveu que “os 30 anos vividos no Brasil fazem desse uruguaio um cidadão do mundo. Mais do que um artista exercitando no palco e na coxia as contraditórias expressões da vida, ele é um cidadão da beleza, da criatividade, da ousadia, da provação para fazer-nos pensar sobre a grandeza e a miséria humana”.

O fotógrafo Diego Bresani assina a capa. Ricamente ilustrado, o livro destaca os momentos mais marcantes do artista desde a estreia como bailarino no Uruguai, aonde nasceu há mais 70 anos. Antes de estabelecer-se definitivamente no Brasil, Hugo Rodas viveu na Argentina e no Chile. Fez turnês por diversos países em parceria com a bailarina e coreógrafa Graciela Figueiroa. No Brasil, manteve vínculos com importantes diretores de teatro como José Celso Martinez Corrêa e Antônio Abujmara. Em Brasília, dirigiu os grupos Pitu, Cia dos Sonhos e Tuca, formou atores e comandou plateias.


Candango


Com seu inconfundível sotaque espanhol, Hugo Rodas garante que “será sempre um candango”. Não esconde sua grande paixão por Brasília, cidade que o acolheu de braços abertos há mais de 30 anos, e da qual ele não pretende ir embora. Amigos dos artistas, Hugo Rodas está sempre disponível para realizar os sonhos dos atores. Trabalhou com quase todas as pessoas atuantes nas artes cênicas no Distrito Federal e fora dele.

Hugo chegou a Brasília para ministrar um curso de 15 dias. Acabou ficando para trabalhar com artistas de todas as tendências, formando gerações de atores como professor do Departamento de Artes da UnB. Viu crescer e cresceu junto com o teatro brasiliense, o movimento cultural da capital. Aposentou-se da universidade em 2009 recebendo o título de doutor pelo reconhecimento de seu saber.

Lançamento do Livro de Hugo Rodas no Teatro Goiânia Ouro durante o Festival Goiânia em Cena

sábado, 14 de janeiro de 2012

ESCLARECIMENTO

Esclarecimento sobre os critérios de escolha dos melhores do teatro em 2011:

- A primeira edição dos “melhores” foi realizada em 2009.

- Trata-se de uma iniciativa exclusiva da jornalista assinante deste blog.

- Entre as mais de 30 produções que estrearam em 2011, sete foram escolhidas para votação por terem conquistado maior repercussão no meio cultural e na imprensa local (divulgação).

- Os votantes foram escolhidos pela jornalista dentre produtores culturais, atores e diretores que durante o ano inteiro acompanharam o maior número de produções em cartaz, e têm uma visão crítica do trabalho de atores e grupos.

- Somente podem integrar a comissão pessoas que não tenham nenhuma produção em cartaz, ou vínculo com os espetáculos em cartaz.

- Apenas produções que estrearam no ano vigente (2011) participaram da votação.

- Espero que 2012 seja um ano produtivo, com muitos espetáculos em cartaz para que nossa avaliação seja ainda melhor.

Sucesso a todos !!!

TEATRO COLÓN DE BUENOS AIRES

Teatro Colón, Buenos Aires 

Considerado um dos melhores do mundo, o Teatro Colón fica bem no centro de Buenos Aires.  Inaugurado com a ópera Aída, de Giuseppe Verdi, em 1908, ele é famoso pela acústica perfeita e a sofisticação. Em estilo eclético típico do século 20, o enorme edifício, que chama a atenção pela beleza de sua estrutura, segue os padrões italianos e franceses. Imenso e luxuoso, só abriga grandes produções: concertos, óperas, musicais, dança... 
Detalhe da fachada 
 
De terça a domingo, há visitas guiadas. Há lugares onde não é permitido fotografar, entre eles o luxuoso Salão Dourado, em estilo francês. O preço da visita é salgado, assim como os bilhetes para os espetáculos e os souveniers. Mas para quem gosta de teatro, vale a pena conhecer a história do Colón, orgulho dos artistas portenhos.
  

PARA REFLETIR

"A humanidade é uma grande esperança perdida. Cada homem está trancado dentro de si mesmo, e sua alma é semelhante a um poço onde só o sofrimento vive e se agita. Solidão, loucura e marginalidade são os destinos das criaturas que se corrompem no dinheiro e no desejo - carcereiros da alma. Não há liberdade fora da morte. A vida é violência e ritual antropofágico. Os únicos  companheiros do indivíduo são o medo e a solidão, consequentemente não há cura".

Tennessee Williams, dramaturgo