Débora di Sá em Circo dos Amores Impossíveis |
Organizado pelo fotógrafo Gilson P. Borges, acervo registra a história do teatro em Goiânia
Por amor ao teatro, o professor, biblioteconomista, funcionário da Universidade Federal de Goiás e fotógrafo, Gilson P. Borges está fazendo o registro fotográfico de todos os espetáculos de grupos goianos. O material, segundo ele, vai compor o acervo da Biblioteca de Arte Cênicas “Carmelinda Guimarães”. “O material será acessível a todos”, afirma Gilson, que realiza o trabalho por sua conta e banca todos os custos.
Até o momento, 65 grupos de teatro de Goiás foram clicados pelas lentes do fotógrafo. Pelos seus cálculos, cerca de 50 grupos atuam em Goiânia. Muitos deles ainda não foram fotografados. Gilson pretende também reunir material fotográfico de grupos que fizeram parte da história do teatro goianos e já não existem mais.
Segundo Gilson P. Borges, os grupos de teatro estão cada vez mais empenhados na produção de seus espetáculos, aprofundando a pesquisa para realizá-los, registrando suas apresentações. “A carência de material especializado para pesquisa já foi, de certa maneira, suprida, com a criação da Biblioteca de Artes Cênicas, com sede no CEP Basileu França”, afirma. Para ele, o maior problema, atualmente, é a falta de locais para apresentação dos grupos, pois alguns estão fechados, como o Teatro Goiânia e outros estão em situação precária. “Goiânia possui grandes teatros, com alugueis caros, que inviabilizam a apresentação de espetáculos da maioria dos grupos goianos”, observa.
Romeu e Julieta, de Samuel Baldani |
Gilson P. Borges sugere que a Secretaria Municipal de Cultura poderia empregar o dinheiro gasto com os alugueis dos prédios da Casa das Artes e do Centro Municipal de Cultura Goiânia Ouro na construção de um Centro Cultural próprio para apresentação de espetáculos de forma mais eficiente e democrática.
Fábio Mafra e Deusimar Gonzaga na peça Ser Tão Grande clicados por Gilson P. Borges |