Gostei muito de tudo o que vi até agora no Festival Internacional de Artes Cênicas Goiânia em Cena. Temos a oportunidade de assistir a espetáculos que não teríamos em circuito comercial porque dificilmente viriam a Goiânia. O festival nos dá essa possibilidade, o que é muito bom.
Há tempos não via uma grade de programação tão interessante, contemplando todos os gêneros: teatro, dança, circo e ópera ( inserida na programação há três anos e agradou tanto que se mantém). O grupo Teatro Andante, de Minas Gerais, que abriu o festival no dia 10, logo após as homenagens de praxe, apresentou uma leitura muito interessante do personagem BarbAzul. Como já tinha visto Makunaíma na Terra de Pindorama, do grupo Teatro Que Roda, pulei essa parte.
No dia seguinte, fui ver Pedro de Valdívia, La Gesta Inconclusa, do Tryo Teatro Banda, do Chile, uma divertida a história da fundação de Santiago, a bela capital do Chile. O trio chileno cativa o público com sua agilidade e humor ao narrar fatos complicados envolvendo o colonizador Pedro de Valdívia, aventureiros, missionários e os índios Mapuche, primeiros habitantes da terra andina. Espetáculo eclético, Pedro de Valdívia tem bons atores, boa produção, mescla teatro, música, pantomimas e brincam o tempo todo com fatos pouco conhecdos da história latinoamericana.
CLANDESTINOS
Desde a estreia há dois anos no Rio de Janeiro, sonhava em assistir Clandestinos – O Sonho Começou, do diretor e dramaturgo pernambucano João Falcão. A oportunidade surgiu agora, graças ao Goiânia em Cena. Valeu ir ao Teatro Esperança Garrido, não só para ver a produção que ganhou minissérie na TV, mas pela presença do João Falcão, um dos diretores mais inventivos e dinâmicos da atualidade.
Utilizando os velhos clichês das pessoas que sonham com a carreira artística e chegam ao Rio de Janeiro em busca de oportunidade, João montou um espetáculo alegre e muito divertido hilário, com artistas desconhecidos, como o goiano Alejandro Claveaux, e conquistou um enorme sucesso. Entre mais de 3 mil inscritos ele selecionou 30 e desses escolheu 18 ótimos atores para a produção, que estreou em 2008. O autor (alter ego de João Falcão) se vê às voltas com os atores e aproveita a história real de cada um para montar um espetáculo genial sobre pessoas que almejam o sucesso, mas ainda estão fora de cena.
Nenhum comentário:
Postar um comentário