domingo, 21 de março de 2010

TANGO NADA PREVISÍVEL


Tango a Tierra não me decepcionou. Nada previsível, a produção que está em turnê por várias cidades brasileiras, mescla música, dança e teatro para contar a história dos 100 anos do tango argentino. A narrativa começa a partir de 1930, quando o gênero consagrado pela voz de Carlos Gardel surgiu nos bares e cabarés de Buenos Aires.

Ótimas coreografias, bailarinos com nível técnico excepcional e a interpretação nostálgica da orquestra enriquecem a produção vista por milhares de pessoas em praticamente todos os continentes. A ênfase musical recai sobre músicas pouco conhecidas dos brasileiros. Quem pensou em ouvir as convencionais Caminito, Por Una Cabeza, A Media Luz decepcionou-se. Mas, com certeza encantou-se com a elegância sedutora da trupe de bailarinos.

A primeira parte de Tango a Tierra remete aos tempos do rádio, à época de Gardel, a grande paixão vocal dos argentinos. A segunda destaca a modernidade do tango a partir de Astor Piazzolla, os movimentos ousados e sedutores da dança, considerada Patrimônio da Humanidade pela Unesco. Dançar tango não é para qualquer um. Saber dançá-lo é mesmo é um luxo!


CINDERELA ENCONTRA SEU PRÍNCIPE

Novo espetáculo da Pinheiro Produções Artísticas, o clássico Cinderela me surpreendeu não só pelo luxo da produção, marca registrada do trabalho de Luiz Roberto Pinheiro, mas pelo desempenho do casal de atores principais: Anna Karla Ribeiro e Júnior Sartini.


Atores estreantes, eles atuam em sintonia dando credibilidade aos seus personagens Cinderela e seu princípe encantado. Preparados pela atriz e diretora Tetê Caetano, o elenco está muito bem nos seus papéis e bem conduzido. Pronto para mais uma turnê que passará por Brasília, São José do Rio Preto, Palmas e Salvador. Leleco Dias está à vontade como a madrasta, a quem empresta humor e graça.

Atento às novidades tecnológicas que tornam os espetáculos cada vez mais interessantes no palco, Luiz Roberto apostou na computação gráfica para criar os efeitos visuais que transformam a abóbora em carruagem de Cinderela e a ficha técnica da montagem. A transformação da Gata Borralheira em princesa é outro ponto que agrada muito a plateia.

Luiz Pinheiro não esconde sua preferência pelos clássicos infantis. Ele sabe que histórias envolvendo príncipes, princesas, bruxas, madrastas, fadinhas, florestas e o mundo encantado agradam em cheio adultos e crianças. Para o segundo semestre, prepara O Soldadinho de Chumbo. O que será que vem por aí

2 comentários:

  1. Eu também assisti a peça e adorei, trabalho no Santo agostinho e passei a semana vendo todos eles por lá e na terça feira assisti com meus alunos, foi o máximo! Grandes atores!!!!

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  2. Também gostei muito!
    A Madrasta merecia ganhar uma peça só para ela.

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