Os atores Adriana Veloso e Thiago Benetti, da Cia. Benedita de Teatro, reapresentaram o espetáculo Indecência, na programação do Festival Goiânia em Cena, em sessão única no Teatro Goiânia Ouro. Eu ainda não vira a produção, dirigida por Hugo Rodas, que estreou em setembro, e confesso minha decepção. Esperava uma produção ousada, recheada de “indecências”. Não foi o que vi no palco.
Livre adaptação da obra O Amante, de Harold Pinter, e Fragmentos de um Discurso Amoroso, de Roland Barthes, a montagem, que se propõe discutir o relacionamento amoroso, não desencadeia o debate. Adriana e Tiago não conseguem manter o embate que as relações amorosas costumam gerar, sobretudo com os casais vivem muito tempo juntos ou padecem com o desgaste natural da vida a dois. Não há entrega na relação do casal que quer manter acesa a chama da relação dos amantes. O jogo de sedução e erotismo é fraco . Adriana não consegue imprimir sensualidade à mulher que quer movimentar a relação para agradar o parceiro. Tiago tampouco convence como amante sedutor.
A razão principal da peça é o jogo do amor, das fantasias sexuais e de como elas permeiam as relações amorosas. Pretende gerar questionamentos, debater as sagradas crenças da fidelidade, das relações sem limites e regras definidas. Infelizmente o texto é pouco original, não reflete a proposta e os atores estão inadequados em seus papéis. Salvo pela trilha sonora da DJ Simone Junqueira e o figurino caprichado da estilista Letycia Rossi, o resultado de Indecência é morno e pouco convincente.
Espetáculo: Indecência
Texto: Harold Pinter e Roland Barthes
Adaptação e direção: Hugo Rodas
Elenco: Adriana Veloso e Tiago Benetti
Livre adaptação da obra O Amante, de Harold Pinter, e Fragmentos de um Discurso Amoroso, de Roland Barthes, a montagem, que se propõe discutir o relacionamento amoroso, não desencadeia o debate. Adriana e Tiago não conseguem manter o embate que as relações amorosas costumam gerar, sobretudo com os casais vivem muito tempo juntos ou padecem com o desgaste natural da vida a dois. Não há entrega na relação do casal que quer manter acesa a chama da relação dos amantes. O jogo de sedução e erotismo é fraco . Adriana não consegue imprimir sensualidade à mulher que quer movimentar a relação para agradar o parceiro. Tiago tampouco convence como amante sedutor.
A razão principal da peça é o jogo do amor, das fantasias sexuais e de como elas permeiam as relações amorosas. Pretende gerar questionamentos, debater as sagradas crenças da fidelidade, das relações sem limites e regras definidas. Infelizmente o texto é pouco original, não reflete a proposta e os atores estão inadequados em seus papéis. Salvo pela trilha sonora da DJ Simone Junqueira e o figurino caprichado da estilista Letycia Rossi, o resultado de Indecência é morno e pouco convincente.
Espetáculo: Indecência
Texto: Harold Pinter e Roland Barthes
Adaptação e direção: Hugo Rodas
Elenco: Adriana Veloso e Tiago Benetti
Foto: Layza Vasconcelos
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirÉ sempre bom ter o seu olhar crítico Valbene. Com certeza temos muito a melhorar e trabalhar nesse espetáculo, o tempo que tivemos para trabalhá-lo e pesquisá-lo não nos foi muito favorável, mas não o usarei como justificativa. Suarei a camisa para tentar atingir a proposta do personagem... grato.
ResponderExcluirTiago Benetti