Não posso deixar de registrar aqui a minha presença no Festival Internacional de Teatro de Brasília, a convite da organização, de 11 a 13 de setembro. Em três dias, assisti quatro das 23 peças do extenso e diversificado programa, que incluiu também shows com artistas internacionalmente consagrados, oficinas, debates, seminário e fórum.
Há dois anos em cartaz, a premiada peça Aqueles Dois, da Cia. Luna Lunera, de Belo Horizonte, foi um dos melhores trabalhos que pude ver. Baseado na obra de Caio Fernando Abreu, o espetáculo apresenta um elenco afiado, montagem e direção bem construída pelo próprio grupo. O enredo fala da solidão cotidiana de dois funcionários de uma repartição. A amizade e o companheirismo dos dois gera incômodo entre os colegas, preconceito e muita fofoca. Um ótimo trabalho dos atores Cláudio Dias, Marcelo Souza e Silva, Odilon Esteves e Rômulo Braga.
Atriz consagrada Georgette Fadel (ela esteve em Goiânia com o premiado Gota D´Água no Palco Giratório do Sesc) dirige Cem Gramas de Dentes, do premiado dramaturgo Bosco Brasil. Interpretado pelos atores Jorge Vermelho e Marcelo Matos, da Cia.Azul Celeste, de São José do Rio Preto (SP), o texto remete à obra de Plínio Marcos Dois Perdidos Numa Noite Suja. Intenso, arrebatador, às vezes chocante, o espetáculo baseia-se na história de um matador profissional. Acuado pela polícia, ele pede a presença de um líder comunitário para negociar sua rendição. O embate entre os dois personagens é o ponto alto da encenação, que exige muita entrega dos atores.
Eldorado, trabalho exemplar do ator Eduardo Okamoto, de Campinas (SP), foi outro bom momento do Cena Contemporânea. Além da interpretação, a concepção e a pesquisa foram feitos pelo próprio artista, que convidou Santiago Serrano para fazer a dramaturgia e Marcelo Lazzaratto para dirigi-lo. Trata-se da história de um homem cego que sai à procura do tempo e de lugares. Okamoto é um ator impecável que consegue envolver o espectador na sua história repleta de humanidade e emoção.
Muito respeitados em Brasília, os irmãos Adriano e Fernando Guimarães fizeram parte da grade de programação com A Casa, de Federico Garcia Lorca. O preto e o branco predominam no cenário, no figurino e nos objetos de cena. O consagrado texto do poeta e dramaturgo espanhol ganhou montagem caprichada dos diretores. Mas, não fugiu do convencional . No quesito interpretação, algumas atrizes deixaram muito a desejar.
Ponto alto do festival, que este ano chegou a décima edição, os shows com Hamilton de Holanda e o acordeonista francês Richard Galleano (considerado o melhor do mundo) levou milhares de pessoas à praça do Complexo Cultural da República. O empolgante show da cantora Angelique Kidjo, do Benin (África), encerrou os 12 dias de festival, que teve espetáculos de Israel, Espanha, Estados Unidos, Canadá, Argentina, Uruguai, França e Brasil.
Um dos mais importantes do País, o Cena Contemporânea 2009, segundo estimativa da produção, contou com um público estimado em 35 mil pessoas. Oorganizado pelo produtor e ator Guilherme Reis, o festival conta com vários patrocínios, entre eles da Petrobras e do Banco do Brasil.
Há dois anos em cartaz, a premiada peça Aqueles Dois, da Cia. Luna Lunera, de Belo Horizonte, foi um dos melhores trabalhos que pude ver. Baseado na obra de Caio Fernando Abreu, o espetáculo apresenta um elenco afiado, montagem e direção bem construída pelo próprio grupo. O enredo fala da solidão cotidiana de dois funcionários de uma repartição. A amizade e o companheirismo dos dois gera incômodo entre os colegas, preconceito e muita fofoca. Um ótimo trabalho dos atores Cláudio Dias, Marcelo Souza e Silva, Odilon Esteves e Rômulo Braga.
Atriz consagrada Georgette Fadel (ela esteve em Goiânia com o premiado Gota D´Água no Palco Giratório do Sesc) dirige Cem Gramas de Dentes, do premiado dramaturgo Bosco Brasil. Interpretado pelos atores Jorge Vermelho e Marcelo Matos, da Cia.Azul Celeste, de São José do Rio Preto (SP), o texto remete à obra de Plínio Marcos Dois Perdidos Numa Noite Suja. Intenso, arrebatador, às vezes chocante, o espetáculo baseia-se na história de um matador profissional. Acuado pela polícia, ele pede a presença de um líder comunitário para negociar sua rendição. O embate entre os dois personagens é o ponto alto da encenação, que exige muita entrega dos atores.
Eldorado, trabalho exemplar do ator Eduardo Okamoto, de Campinas (SP), foi outro bom momento do Cena Contemporânea. Além da interpretação, a concepção e a pesquisa foram feitos pelo próprio artista, que convidou Santiago Serrano para fazer a dramaturgia e Marcelo Lazzaratto para dirigi-lo. Trata-se da história de um homem cego que sai à procura do tempo e de lugares. Okamoto é um ator impecável que consegue envolver o espectador na sua história repleta de humanidade e emoção.
Muito respeitados em Brasília, os irmãos Adriano e Fernando Guimarães fizeram parte da grade de programação com A Casa, de Federico Garcia Lorca. O preto e o branco predominam no cenário, no figurino e nos objetos de cena. O consagrado texto do poeta e dramaturgo espanhol ganhou montagem caprichada dos diretores. Mas, não fugiu do convencional . No quesito interpretação, algumas atrizes deixaram muito a desejar.
Ponto alto do festival, que este ano chegou a décima edição, os shows com Hamilton de Holanda e o acordeonista francês Richard Galleano (considerado o melhor do mundo) levou milhares de pessoas à praça do Complexo Cultural da República. O empolgante show da cantora Angelique Kidjo, do Benin (África), encerrou os 12 dias de festival, que teve espetáculos de Israel, Espanha, Estados Unidos, Canadá, Argentina, Uruguai, França e Brasil.
Um dos mais importantes do País, o Cena Contemporânea 2009, segundo estimativa da produção, contou com um público estimado em 35 mil pessoas. Oorganizado pelo produtor e ator Guilherme Reis, o festival conta com vários patrocínios, entre eles da Petrobras e do Banco do Brasil.
Fiquei com muita vontade de ir. Infelizmente, a chibata é severa. Bjos.
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