sexta-feira, 21 de dezembro de 2012


          TEATRO GOIANO : O QUE FOI BOM E O QUE NÃO FOI EM 2012

Goiânia viveu um movimentado ano teatral. Diversas produções estrearam no decorrer de 2012, fizeram temporadas, participaram de festivais e turnês por diversas cidades. Diferentemente de anos atrás, o teatro feito em Goiás começa a  ser reconhecido, e atores, diretores e produtores  a fixar seu nome no cenário artístico.  Se a quantidade de montagens foi um ponto altamente positivo, o mesmo não se pode dizer em termos de qualidade.  Nesse quesito muito investimento ainda precisa ser feito.

Foi bom
Plural: melhor espetáculo
Sensibilidade não faltou ao texto e à produção de Plural, espetáculo escrito coletivamente pela Cia. de Teatro Nu Escuro. Baseado em suas próprias histórias de família, Abílio Carrascal, Adriana Brito, Izabela Nascente, Lázaro Tuim, Hélio Fróes criaram um espetáculo ingênuo, recheado de recordações infantis. Mesclam a interpretação de atores e bonecos com muita delicadeza. Aliando a direção  de Izabela Nascente à projeções em vídeo,  cenário repleto de objetos  da vida rural,  Plural é bom de se ver e rever.

Texto de Sandro Freitas, com direção de João Bosco Amaral, Desamor  surpreendeu pela simplicidade e a delicadeza do tema: amor à primeira vista. A atriz Sol Silveira destaca-se como a  sonhadora Anita, a jovem que sonha em sair pelo mundo, apesar da paixão que sente por Cândido. João Bosco Amaral usou a técnica da farsa e a linguagem circense para construir a história. Bons atores, boa direção e cenário adaptável a palco, ruas e praças tornam a montagem interessante de ser ver em qualquer lugar.
Desamor: Surpresa

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